Exposição "Olhares Especiais" | 2018
Durante 3 anos, atuando como representante do PET Diversidade e Tolerância, ministrei aulas de fotografia na Escola de Inclusão da Universidade Federal de Pelotas. Um espaço destinado as jovens e adultos com necessidades especiais como autismo, down, paralisia cerebral entre outras. Ao final da oficina, organizei uma exposição para que os alunos pudessem exibir suas fotografias, embasadas por temáticas que trabalhamos em aula. A exposição foi aberta a comunidade em geral com entrada gratuita, ocorreu na galeria de Artes e Design da UFPel e teve cobertura da imprensa local.
Links externos:
https://ccs2.ufpel.edu.br/wp/2017/11/07/inaugurada-a-exposicao-olhares-especiais-no-centro-de-artes/
https://www.diariopopular.com.br/geral/projeto-olhares-especiais-traz-a-inclusao-atraves-da-fotografia-128416/?chave=b7eaaec2ae76128&
XXII SULPET | 2019
O SULPET é o encontro anual dos grupos que integram o Programa de Educação Tutorial da região sul do Brasil. Em 2019 participei da Direção Geral do evento, que foi sediado nas dependências da Universidade Federal de Pelotas, Campus Capão do Leão. Foram 1000 participantes e 4 dias de evento. Tive por principais atribuições gerenciamento de inscrições, gestão e treinamento da equipe de trabalho (aproximadamente 400 colaboradores), organização dos espaços, lista de compras, negociações e contato com fornecedores.
Site do evento:
www.ufpel.edu.br/sulpet
Documentário "Sede de Infinito - Um filme sobre escritoras | 2019
Documentário que realizei em 2019 sobre mulheres escritoras e a relação da mulher com a literatura através dos séculos. Entrevistei estudantes universitárias de diferentes áreas, a respeito da sua formação literária e a presença de autoria feminina no seu referencial.
Trailer disponível em:
www.youtube.com/watch?v=ky4fOBPJTbA
"Algo Alegre" |
Eu amo essa foto. Quem a tirou foi a minha aluna Elis, na Oficina de Fotografia que eu ministrei em nome do PET Diversidade e Tolerância para a Escola de Inclusão da UFPel, uma parceria com a APAJAD - Associação de Pais e Amigos de Jovens e Adultos com Deficiência. A oficina ocorreu durante alguns meses, em 3 momentos por 3 anos seguidos. E no final foi realizada uma exposição, intitulada "Olhares Especiais", na galeria do Instituto de Artes e Design da UFPel. Uma exposição exclusivamente composta pelas fotografias dos alunos.
O que eu mais amo nessa foto, é que eu não tinha ideia que estava sendo fotografada. E a temática desse dia foi que eles registrassem "coisas alegres"
Eu acho muito importante destacar a grandeza e a beleza por trás do trabalho deles. Porque o meu trabalho na oficina foi essencialmente técnico e eles vieram com a arte e a visão.
Mesmo que eu tenha elaborado as propostas das fotografias, quando pedi que eles fotografassem "algo belo", não tinha ideia do que viria. Assim como não tinha ideia de que eu seria "algo alegre".
No inicio dos nossos encontros, boa parte dos meus alunos tinham um certo receio com a câmera, nos encontros que se sucederam eu vi crescer a paixão pela fotografia, ao ponto que os registros passaram a surgir naturalmente e espontaneamente.
E independente de qualquer ganho para o meu lattes, ou de destaques em congressos, o ganho pessoal dessa experiência foi o mais gratificante: As amizades, os momentos e as memórias. E de bônus ter uma foto linda dessas.
É imensurável a saudade de ter esse contato com a diversidade, essas vivências que o PET me proporcionava, não só na Escola de Inclusão, mas tantos outros trabalhos incríveis. São realizações que podem parecer pequenas para quem "olha de fora", mas aqui dentro, existe um "festival" de gratidão por tudo.
Quanto mais Diversidade e Tolerância, melhor
Saí da casa dos meus pais em 2014. Estava me mudando de São Paulo para o Rio Grande do Sul pelos próximos 4 anos, já se passaram 6 e ainda estamos aqui na pequena e histórica Pelotas. Sinto saudades de São Paulo, mas o custo e qualidade de vida de morar no interior compensa mais (falarei sobre isso em outra publicação).
Primeiro morei em pensionato com outras 17 pessoas, foi uma experiência totalmente nova, nunca tinha morado com tanta gente e de tantos lugares diferentes, eramos todos estudantes e ali fiz amigos que me acompanham até hoje. Mas não durei muito, em menos de 3 meses mudei para uma república, dali para várias outras, foram 10 no total. Era sempre uma busca por alugueis mais baratos e pessoas que tivessem mais sintonia comigo. Guardo diversos aprendizados, muitos deles sobre mim mesma. Nesse processo de mudanças e adequações, em determinado momento eu defini: Preciso do meu espaço.
Depois de bastante planejamento, economia e pesquisa, achei a casa ideal. Embora nosso primeiro contato tenha sido "assustador", pois a casa estava fechada há alguns meses, completamente descuidada e debilitada pelo tempo. De alguma forma, meu coração me disse: É essa casa aqui!
Foto meramente ilustrativa! haha |
A CASA ANTES
Um casa centenária no centro histórico, poucas quadras de distância da faculdade, com um super desconto devido aos muitos reparos necessários. Topei o desafio e coloquei a mão na massa, mas antes fica uma leve demonstração do tamanho do desafio:
Nos conhecemos desse jeitinho. |
Me mantive otimista. Gosto de desafios e de trabalhos manuais. Reuni uma série de referências do Pinterest, inclusive criei uma pasta só para a casa. Eu tinha apenas R$1.000,00 guardados pra resolver todos os reparos essenciais e mobiliar. Parece loucura, mas eu ainda queria decorar. E felizmente posso dizer que sim, deu certo!
Usei diversos tutoriais de Youtube para realizar reparos, precisei colar a cuba da pia, desengordurar azulejos, consertar goteiras (que eram muitas!), além de arrumar tomadas e vazamentos!
Eu vou muito pela seguinte premissa: Quem quer que dê certo, sempre dá um jeito. E eu queria muito que desse certo. Temos uma força criativa e manual muito grande quando estamos dispostos! Queria fazer da "casinha" (apelido carinhoso que dei a ela) meu lar, tudo isso gastando o mínimo possível.
Eu vou muito pela seguinte premissa: Quem quer que dê certo, sempre dá um jeito. E eu queria muito que desse certo. Temos uma força criativa e manual muito grande quando estamos dispostos! Queria fazer da "casinha" (apelido carinhoso que dei a ela) meu lar, tudo isso gastando o mínimo possível.
Comprei eletrodomésticos usados e moveis de segunda mão e dei uma "melhorada". Alguns outros móveis eu confeccionei. As decorações foram a parte mais divertida e criativa!
E esse foi o resultado até o momento:
BANHEIROS:
BANHEIROS:
Fala a verdade se não dá um alivio ver os banheiros limpinhos e com tudo no lugar? A casa tem dois banheiros, o principal para banho e um social. Ambos estavam bem destruídos. Um sem a cuba de pia e a outra cuba com uma sujeira bem estranha e grossa. Limpei e desinfetei por uns 2 dias, além de trocar os assentos sanitários. Também reparei as portas dos armários pra que elas não ficassem caídas. Infelizmente, a banheira não ficou bonita porque estava bem quebrada, as manchas brancas eram de resina epóxi que os antigos moradores usaram para reparar. Mas ela segue limpa, o que já é ótimo haha
SALA:
Sou apaixonada pelo meu sofá. Lembro que quando vi o anuncio, ele estava por R$200, fora de orçamento porque representava 20% do que tinha disponível. Mas era um sofá maravilhoso de madeira colonial. Desisti dele e fechei com a vendedora apenas umas cadeiras e armários de cozinha. Ela estava de mudança e precisava urgentemente desocupar espaço, estava me vendendo tudo super barato. Quando fui buscar, passei pelo sofá e disse "queria tanto levar, mas ta totalmente fora de orçamento pra mim", ela então me ofereceu por R$50 se eu levasse ele na hora, não pensei duas vezes e dei um jeito de caber no frete. A minha sorte é que o freteiro já era amigo de outras mudanças que fiz (depois de 10 mudanças eu já era "cliente gold" haha) e não se incomodou com o item a mais. Um item tão pesado que mal conseguíamos descer do caminhão quando chegamos em casa, foi bem engraçado. E só conseguimos com ajuda dos vizinhos.
Os quadros são ilustrações que retirei do Pinterest. As molduras comprei em bazar por R$2 cada. O raque é um armário de cozinha que comprei por R$30 uns anos antes, removi as portas, pintei e envernizei novamente. O nicho da parede achei na rua, era branco e sem acabamento. As flores: Girassol e margarida, minhas favoritas! E os livros e demais enfeites são da vida!
SALA DE JANTAR
Eu amo cada cantinho da minha casa, mas minha sala de jantar sempre me enche de suspiros! A mesa foi feita pelo meu namorado e por mim. Comprei madeira pinus por R$12 as tabuas de 2 metros cada. Os quadrinhos são ilustrações de Paris que retirei de um livro que comprei em um bazar beneficente por R$1. As molduras também são de bazar, eu as pintei coloridas. O lustre é simplesmente uma bacia que eu pintei, comprei os fios e fiz a instalação. Ficou idêntico ao que eu queria de uma loja, mas ao invés de gastar R$300, gastei R$15! Fiz um nicho com um pedaço de madeira que sobrou de um armário velho. Usei estêncil pra fazer alguns detalhes na parede e uma "mini lareira de cimento" (ao menos era esse nome no tutorial do YouTube haha), também confeccionei r agora decora o centro da mesa. As cadeiras eram brancas e verdes, mas para harmonizar deixei elas pretas, iguais aos banquinhos. Tudo nessa sala não custou mais que R$150.
COZINHA
Eu amo rosa e busquei colocar vários detalhes nos itens de cozinha. Claro que, em um cenário dos meus sonhos, todos os meus utensílios seriam rosa, mas faz parte, comprei todos em lojas de R$1,99 e depois de 1 ano de uso constante, posso dizer que ainda parecem novos. "Cuidar para ter" - Já dizia minha mãe. O balcão de pia, definitivamente, foi o principal investimento. As prateleiras são com o que sobrou de madeira da mesa e uns outros pedaços de MDF que consegui gratuitamente em uma empresa de móveis planejados, os porta temperos são frascos de lembrancinha de aniversário, paguei R$10 em 20 unidades e usei a serra-copos pra fazer os furos na tabua que os sustenta. Além de colocar ganchinhos na prateleira maior pra deixar os principais itens pendurados, bem mais prático na hora de usar. A cortina eu fiz, comprei o retalho do tecido por R$6 e fiz para dar uma "filtrada" no sol durante o verão e também por achar um charme bem retrô, já que minha casa tem mais de 100 anos!
QUARTO
Acho minha cama linda e paguei apenas R$200 nela (junto com um colchão novinho!). Foi necessário lavar bem as paredes e o teto, eram a parte mais mofada da casa e com muitas goteiras. Fiz uma espécie de luminária, eu gostei do resultado, mas meu namorado acha "conceitual demais" haha. Também confeccionei minha "penteadeira" com canos e pedaços de MDF (os mesmos da cozinha), para pendurar meus colares usei um galho e barbante. Comprei tecidos e fiz as capas de travesseiro e almofadas em cetim (bem melhor pro cabelo!).
ATELIÊ/OFFICE
Minha parte mais xodó da casa. Minha mãe tinha bastante TOC com organização e limpeza, enquanto que sempre fui uma criança "das artes". Comecei a me interessar por pintura, desenho, escultura, marcenaria e costura muito cedo. Mas era sempre um caos convence-la a me deixar fazer minhas "bagunças" - como dizia ela. Minha mãe me amava muito e sempre cedia. Porém, as mesmas várias horas pra fazer o que eu queria, eram muitas outras horas limpando e deixando impecável. Por isso sempre foi indispensável a ideia de ter um espaço na minha casa reservado ao meu "eu criativo". Não cheguei a tirar foto dos outros cantos, mas tem várias outras estantes com ferramentas e materiais diversos, além de tecidos. Eu confeccionei a mesa com uma porta de guarda-roupa, fiz ambas as estantes dessas fotos com pedaços de madeira que encontrei e com caixotes de feira. São super resistentes.
Enfim, eu tratei tudo de maneira mais resumida, mas pretendo falar, dar dicas e até mesmo ensinar alguns artesanatos que fiz aqui na casa. Tudo é feito com bastante carinho, são coisas simples, mas eu sinto que realmente a casa expressa meu jeito e todos que amo se sentem bem vindos e acolhidos aqui, o que já a torna perfeita pra mim!
A vizinhança é outro bônus da localização! São vizinhos tranquilos, nada barulhentos, que amam animais e tem vários cães e gatos. Além de uma baita mansão do outro lado da rua com um jardim super charmoso, ela é toda misteriosa e acontecem diversas festas com banda ao vivo tocando Jazz e às vezes Beatles! Mas não é uma casa de eventos (já verifiquei! haha) é uma residência 100% particular de um atriz de teatro de 70 anos, que ainda curte uma vida animada e boêmia!
"Não eduque seus filhos como se você fosse eterna"
Estava chateada por ele se recusar a pagar um passeio escolar para um parque de diversões, enquanto lidava com meus colegas falando sem parar sobre isso. Mas notando a minha indignação e tristeza, tivemos uma conversa bem franca sobre o que eu estava sentido em relação a situação. Sempre admirei isso no meu pai, ele nunca tentou “fantasiar” as coisas e sempre buscou me conscientizar sobre tudo. Me lembro dele explicando exatamente o quanto ganhava e o quanto aquele passeio representava do salário dele. E que para ele prioridade é que eu tivesse o que comer, vestir, onde morar e pudesse estudar, me questionou se qualquer uma dessas coisas me faltavam e claro, eu não tinha argumentos diante disso. E tão logo veio essa pérola, que dentre outras que me deu ao longo da vida, carrego fortemente na memória:
“Eu não sou provedor dos seus desejos, sou provedor das suas necessidades. Se eu te educar achando que qualquer coisa que você quer eu posso te dar, você nunca vai se esforçar o bastante pra ter nada e infelizmente minha filha, não sou eterno. Preciso garantir que sem a minha presença, você pode existir bem nesse mundo e isso não significa te deixar uma grande herança, porque se você não tiver mentalidade para reconhecer o esforço das coisas, você também não fará esforço para mantê-las. Eu espero que você eduque seus filhos com a mesma perspectiva. Para que eles sejam espertos, fortes e independentes como eu sei que você será”.
Parece um diálogo pesado para uma criança de 11 anos, mas eu me senti confiante e respeitada. Ele não ignorou meus sentimentos, não me puniu pelas reclamações e não me entregou o que eu mais queria, qualquer uma dessas atitudes teriam gerado impactos negativos na minha educação. No primeiro caso o sentimento de distanciamento entre nós se acentuaria, no segundo, a punição poderia reprimir meus sentimentos no futuro e no terceiro eu me acostumaria a “chorar e reclamar” que logo tudo se resolveria.
E bem sabemos que chorar e reclamar não resolve nada na vida adulta, certo?
Por mais ingênuo que pareça um simples passeio, foi a motivação necessária pra me despertar o desejo de sempre procurar uma solução aos meus problemas e encara-los de maneira prática. Tinha só 12 anos e comecei a entregar panfletos de comércio, vender gelinhos, fazer a unha das vizinhas, reparar roupas etc. Os anos passaram e essa minha disposição, só me ajudou profissionalmente. Trabalhei para empresas maravilhosas e desenvolvi um currículo do qual eu me orgulho, simplesmente por ser educada a não viver na zona de conforto.
(Ressalvo que estou falando da realidade de uma criança que trabalhava porque queria, não porque precisava. Uma criança que teve tempo e apoio para estudar!)
Eu acredito muito no poder da educação através da conversa, de não tratar crianças como seres puramente passivos e desprovidos de entendimento, isso não significa “adultizar” a criança, mas reconhecer nela uma pessoa em formação que precisa ser bem instruída e entender que o mundo vai além dela.
Divido essa experiência com a esperança de que isso ajude na resolução de algum conflito familiar ou auxilie pais de primeira viagem, pois é perfeitamente compreensível o sentimento de “querer dar tudo” a quem amamos tanto. Mas que esse tudo comece pelo básico: Respeito, empatia, responsabilidade e resiliência.
Nunca fui castigada ou “apanhei” para me tornar uma pessoa de quem meus pais se orgulham e de quem eu me orgulho, mas é claro que os bons exemplos sempre vieram deles. Que tenhamos carinho e cuidado pelas crianças, carinho e cuidado por nós para sermos “bons espelhos”.
Quem ai conhece a história do “David camelô”? Caso antigo do
Empreendedorismo, David Portes
atualmente proprietário de uma rede de cafeterias, palestrante que inclusive se apresentou em
Harvard, é ex morador de rua do Rio de
Janeiro, que com a esposa grávida e 12 reais emprestados para comprar remédio,
resolveu “investir” aqueles trocados em
doces e revender para conseguir mais dinheiro. Percebendo os lucros, ele foi
aumentando cada vez mais seu capital, até conseguir montar uma barraca de doces
e naquele espaço simples, criar um sistema de atendimento e estratégias de
marketing tão diferenciados que chamou a atenção da imprensa local e
posteriormente do mundo. David recebeu tamanha notoriedade por seu talento que
surgiram vários convites para palestrar em eventos e faculdades de negócios e
marketing, oportunidades que permitiram o crescimento de seu empreendimento.
Mas a questão toda é: Crescer envolveu o “boca a boca”,
envolveu o talento natural, ao mesmo passo que envolveu o reconhecimento de
seus clientes. E nesse processo, imagine que durante anos, David foi apenas um
homem que tinha uma barraca. Mas nunca se deixando abater, como o próprio diz,
ele sempre sonhou em “chegar além”.
Neste exato momento muitos são o “David na sua barraca”, com
seus pequenos empreendimentos que podem começar com uma simples página no
Facebook, um perfil no Instagram ou a abertura de um MEI. São pequenas
barracas, micro lojinhas, até mesmo um “vender de porta em porta”. Porém, nesse
processo de crescimento, uma das coisas mais destrutivas é se cercar de pessoas
que não te apoiam.
Quem ai não tem o “amigo” que pede desconto ou até
gratuitamente o seu serviço ou produto, afinal é seu “amigo”? E os que não respeitam seu horário de
trabalho ou seu esforço, te tratando com desdém por recusar alguns convites pra
sair? Desmerecendo o potencial do seu
negócio, afinal, para eles é só um “bico que você faz”. Todo mundo quer ser amigo do
empresário rico, mas poucos tem noção de que muitos grandes negócios começam
absurdamente pequenos, vide o computador pessoal criado na garagem de Steve
Jobs.
Não queira ter na sua vida pessoas que vão olhar pro inicio
do seu sonho, o processo mais importante e delicado da sua caminhada e achar
que só porque não é uma multinacional com milhares de filiais, que não é um
trabalho tão digno e tão importante quanto. Foque em você, no seu
desenvolvimento, na sua empresa e no crescimento dela!
"Se mime, você merece" – Disseram as prestadoras de crédito. E assim obedecemos.
Afinal, você está ai no seu emprego desgastante que te consome todos os dias, trânsito e almoço corrido, você mal tem tempo para nada na semana, então final de semana é pra esbanjar não é mesmo? Seu cartão de crédito está ai para você, não importa que você esteja pagando o mínimo há tanto tempo que hoje ele já representa quase 90% do seu salário. As contas apertam, o sufoco faz entrar em exaustão mental. Tudo que você precisa é dar uma saidinha e comprar uma coisinha pra te dar um ânimo, não é mesmo? Usa outro cartão de crédito, simples. Aquele que ainda tem um pouco de limite. Saca do cheque especial, alguns dias até o seu pagamento não são nada. Seus filhos querem a comida tal, a roupa tal, o presente tal, que tipo de pai/mãe é você que não pode dar tudo que eles querem? Então dale cartão, dale empréstimo, dale negar esse enorme sinal de bomba atômica a caminho em prol de satisfações momentâneas. Como se estivesse prezo a uma "bola de neve" você vai se envolvendo e sufocando, mas você olha frases bonitinhas na internet que vão te dizer: Se mime, você merece!
E lá esta você, contraindo mais e mais dívidas para rechear a sua vida de coisas que não precisa. Espera... Quem disse que você não precisa??? É claro que precisa! Poupar? Poupar como? Poupar o quê? Viver de privação? Isso é discurso de "burguês safado" dizer para o "pobre" poupar. Porque o burguês dita que o pobre não tem direito a diversão e lazer. Não é isso? Não, não é isso.
Ultimamente tenho visto muito esses dois discursos venenosos nas redes sociais, quase que de maneira gritante. Educação financeira está em um dos muitos privilégios que separam classes sociais. E se você continuar acreditando e reproduzindo esses dois discursos de que, você tem que se mimar a qualquer custo e que dizer para as pessoas pouparem independente de classe social é discurso elitista e sem consciência, você ajudará muitas pessoas a surtarem de vez, talvez até você surte de vez.
A primeira coisa que você PRECISA entender é que todo mundo tem que aprender a gerir o próprio dinheiro. Não importa quão pouco você ganhe. Encare seu dinheiro com seriedade, respeito e inteligência.
Eu já cheguei a dever 20 mil reais ao banco ganhando 1,5 salário mínimo em 2011. E perdi tantas oportunidades e passei tantos perrengues até resolver essa dívida, ao ponto de chorar de medo. Cheguei a vender muitas das minhas coisas por um preço nem 5% do que paguei nelas, mesmo aquelas que tinham sido adquiridas há tão pouco tempo que nem saíram da embalagem. O desespero nos faz tomar atitudes desmedidas, que doem.
Cheguei a pensar “acabou tudo” - Apenas com 19 anos de idade
A mudança de realidade só veio quando eu mudei minha forma de me relacionar com o dinheiro e a vida. (Calma, esse não é o momento em que eu te vendo um curso motivacional ou te convido para uma masterclass online e 100% gratuita rs).
O que eu tenho para ensinar é simples, fácil e rápido. São só algumas dicas de coisas que apliquei na minha vida e que me tiraram do “fundo do poço”.
1- TODO o seu dinheiro, tem que respeitar uma estratégia de gastaos. Por exemplo, eu adoto o teto de 50% para gastos essenciais (moradia, alimentação e saúde) – isto é, os gastos essenciais podem custar menos, nunca mais que 50% dos ganhos. Os outros 50% você divide entre gastos extras e fundo de emergência (o meu é 30% extras e 20% fundo).Sim, isso é praticamente impossível para pessoas que ganham um salário mínimo e sustentam uma família, ainda mais na economia atual. Mas infelizmente, só existem duas opções: Mudar o padrão de vida OU ter uma fonte de renda extra. Venho de uma família simples, pai frentista e mãe faxineira, algo que ambos sempre me disseram é "Você pode chorar, reclamar, xingar, sentir raiva da situação, mas você não pode ficar parado esperando a solução, ou você morre".
2- Se você quer segurança e conforto financeiro, você precisa encontrar formas de se proporcionar isso, seja mudando de trabalho, fazendo renda extra, empreendendo, buscando maior qualificação profissional etc. E põe na cabeça: Nenhum trabalho é medíocre ou está “abaixo” de você. Trabalho honesto, é trabalho digno.
3- Tenha o hábito de anotar tudo que você gasta. TUDO. Comprou uma bala? Anota. E reveja seus gastos. Isso é bom para criar consciência e ter noção de para aonde vai o seu dinheiro. Avaliar se ele está sendo bem gasto. Eu uso um aplicativo gratuito chamado “Wise Cash”, nele eu coloco “teto de gastos” para tudo, ele mostra em gráficos como estão os meus gastos e vai alertando caso se aproxime do teto que estipulei.
4- SEMPRE que você for comprar alguma coisa, responda duas perguntas: Por que eu preciso comprar isso? Se você não encontrar uma resposta forte o suficiente para essa pergunta, não compre. A segunda: Quantos % do meu orçamento mensal essa compra representa? Se for mais de 10%, não compre. Uma compra sua representar 10% do seu orçamento do mês, é bem nociva às suas finanças, porque todas as demais contas terão de se adequar a apenas 90%.
5- Poupar não é viver em privação, mas gastar de forma inteligente. Existem muitas coisas que achamos precisar, mas na verdade é só vicio. (Eu ganhava como pesquisadora da universidade R$400 e desse valor eu gastava mais de R$60 por mês com requeijão, porque eu consumia 2 a 3 por semana. Quando comecei a comprar 1 por mês, até comer melhor passei a comer, porque antes eu pensava assim “se acabar eu compro outro, é só 5 reais” é assim que a gente se quebra com lanche, refrigerante, um docinho, um Uber pra ir só ali, os pequenos gastos são os mais nocivos porque eles parecem invisíveis, mas fazem jus ao ditado "de grão em grão, a galinha enche o papo")
6- Use e abuse de serviços gratuitos. Quer sair? Vai no parque, na praça, nos dias que o museu tem “catraca livre”. O Brasil é um dos países com mais opções de lazer gratuitos. Fora isso, estude sempre que possível, todo conhecimento te proporciona oportunidades de ganhar dinheiro. Tem vários sites que oferecem cursos gratuitos, como o IPED, Prime, Rock Content e se você for bom em inglês, existem cursos online muito legais, gratuitos e com certificado da Harvard, Stanford, Yale entre outras. O próprio Youtube tem incontáveis conteúdos para aprender e desenvolver habilidades novas.
No mais, alguns conselhos: 1º- Evite o hábito de reclamar, chorar e se desesperar. Sei que parece uma coisa insensível de se dizer, principalmente se você estiver passando por um momento difícil, mas é fato, quanto mais você gasta energia se estressando, pior fica a sua saúde e menos soluções você enxerga. E 2º - Se respeite! Você precisa entender que você tem que cuidar bem si mesmo, isto é, respeitar o seu esforço, o seu dinheiro, o seu espaço e principalmente a sua saúde! Levar a vida sem assumir responsabilidade por si mesmo, é o jeito mais certeiro de viver frustrado.
Espero que essas dicas financeiras te ajudem, como me ajudaram e muito. Eu passei toda a graduação vivendo com 800 reais que era a bolsa de pesquisa somada ao auxílio da universidade para alunos em vulnerabilidade e foi com esse minúsculo orçamento, que eu aprendi e ganhei gosto por finanças pessoais.
Era uma sexta-feira de 27 de julho de 2013. 21h da noite e
eu no Memorial da América Latina assistindo uma palestra com o brasileiro
Rodrigo Teixeira, um gaúcho de Bagé que recebeu um Oscar pelos efeitos
especiais de Hugo Cabret. De grande simpatia e carisma, foram as 2 horas
mais rápidas da minha vida.
Teixeira dividiu a história de sua trajetória, de como
decidiu que o cinema era sua paixão, como traçou um plano para estudar e
trabalhar com isso e como ingressou no mercado cinematográfico de Hollywood –
uma história sensacional do inicio ao fim, extremamente motivadora. Descobri que
diversos filmes que adoro e diretores que admiro, fazem parte de seu portfólio e
não somente, naquele momento ele estava trabalhando para a produtora
responsável pelos efeitos de uma das minhas séries favoritas: Game of Thrones.
Final da palestra e ele soltou uma “bomba” aos presentes. A
produtora em questão abriria uma filial em São Paulo e naquele momento,
estava aberto a receber portfólios de quem trouxe. Meu coração disparou. Eu ainda
era apenas uma estudante de Rádio e TV, sem qualquer conhecimento técnico sobre
Cinema, foi um mix de emoções e pensei “não, ninguém trouxe portfólio”, mas
haviam sim, cinco ou seis pessoas com DVDs prontinhos para entregar.
Eu tinha o sonho de estudar e trabalhar com Cinema. Há anos
prestava o ENEM tentando ingressar no curso de Cinema da federal de Pelotas,
na época uma das poucas do Brasil com o curso mais completo da área e dos mais concorridos. Não me
contive e fui falar com ele mesmo assim, perguntei o que deveria fazer sobre
essa minha “dificuldade” em ser aprovada no vestibular e estudar cinema, disse
que já estava desmotivada e desistindo, mas a palestra dele, a sua história, me
encheu de esperança. E eu jamais esqueço de como ele foi gentil, me deu um
aperto de mão bem firme e disse “Viva como se você não tivesse um plano B,
porque enquanto você tiver uma opção, você vai achar que está tudo bem desistir
ou fracassar”.
Eu me emociono sempre que lembro dessa história, em outubro
de 2013 fiz o ENEM pela última vez para entrar em Cinema. Iniciei os estudos
em março de 2014. Se algum dia tiver o privilégio de encontra-lo novamente, quero
agradecer imensamente por aquelas palavras. Porque não somente para o meu
curso, como para todas as outras empreitadas acadêmicas e profissionais, venho
me guiando por essa premissa “Viver como se não houvesse um plano B”.
Em tempo, outra lição muito valiosa desse encontro, foi sobre
o portfólio. Estar preparado sempre para
tudo é impossível. Mas é imprescindível
estar preparado para fazer networking onde quer que você esteja. Abrace todas
as oportunidades de estar em contato com pessoas da sua área, principalmente
espaços que também promovem ganho intelectual, como congressos e simpósios.
O mercado já é outro
comparado ao de 2013 e de lá pra cá muitas ferramentas foram criadas para
facilitar nossas vidas e expor nossos trabalhos. Então independente do seu
nicho de atuação, se você quer aumentar suas chances de conseguir bons
resultados profissionais, seja entrando para sua empresa ou vaga “dos sonhos”, ou
fechando excelentes parcerias e conquistando clientes, pense estrategicamente em
como se apresentar, como seus feitos serão vistos, como as pessoas terão acesso
aos seus resultados. Isso é estar
preparado sempre!
Eu utilizo cartões de visita, site pessoal e redes sociais
como estratégia. Sempre visando o menor custo e o maior alcance. Existem
diversos mecanismos gratuitos e completos para atender N necessidades de cada
nicho profissional, além de estratégias bem simples que futuramente pretendo
falar mais a respeito. Mas por hora, apenas reforço a dica: Esteja sempre
preparado e viva sem planos B!
Em 1977 a IBM rejeitou de Steve Jobs a ideia do computador
pessoal, porque acreditava que ninguém sentiria a necessidade de ter um computador de uso doméstico. Olho para momentos assim da história e sempre penso “será que não tinha
ninguém ali com um pensamento minimamente diferente?”
Uma das coisas que mais reparo ao escolher alguém pra me relacionar profissionalmente é a habilidade que a pessoa tem de se manifestar e ser firme sobre suas ideias. E destaco, isso é muito diferente de "teimosia".
Quando falo sobre se manifestar e ser firme, me refiro a momentos em que você tem pontos de defesa sobre porque algo que foi aparentemente rejeitado ou abraçado, te parece uma boa ou má ideia. E saber dialogar sobre isso é essencial.
Já trabalhei com pessoas que sempre iam pela “maioria” ou pela opinião do “colega favorito”, dessa forma ela poderia detestar ou amar algo, mas para não correr o risco de ser questionada/excluída, ela sempre optava pelo senso geral e alheio, mesmo que isso no fundo a desagradasse.
O bom trabalho em equipe é reflexo de um ambiente onde todos se sentem engajados e acolhidos para explanar seus pontos de vista. Já o bom profissional é capaz de ouvir, refletir e respeitar opiniões divergentes da sua, para que então assim, se chegue a uma conclusão conjunta.
Foco em montar equipes com diversidade de histórico, realidades, pensamentos e vivências, isso sempre me trouxe ótimos resultados. Equipes muito homogêneas até avançam bem em conjunto, mas retraem e "tropeçam" da mesma forma, porque assim como a IBM, o excesso de pessoas que pensam muito semelhante, fez com que ninguém enxergasse a "mina de ouro" que foi o computador pessoal.
Já a gestão colaborativa e equipes diversificadas, além de promoverem espaços mais humanizados, fornecem autoestima. Que é um grande fator para que talentos aflorem. E onde quer que talentos aflorem, negócios crescem.
Vou te contar uma historinha: Era uma vez uma estrela que queria ser amada e brilhava forte na esperança de atrair outra estrela. E atraia. Atraia muitas. Ora ela se apaixonava por estrelas cadentes, mas estavam sempre de passagem e ela ficava arrasada quando partiam. Ora ela se apaixonava por outras mais próximas dela, mas por não brilharem tanto quanto ou exatamente como disseram que o amor brilharia, se tornavam as “estrelas erradas”. E quando ela decidia que era a “estrela certa”, diminuía o próprio brilho para destacar aquela. O amor nunca foi exatamente como lhe falaram. Milhões de anos se passaram. Um dia a estrela simplesmente apagou. Algumas estrelas acreditam que ela amava demais. Ela apagou achando que nunca amou. (Trecho do meu livro “Criaturas de Um Deus Menor” )
Há pessoas que amam demais.
Sim, parece absurdo dizer que existem “pessoas que amam demais” como se amor fosse algo que pudesse existir em exagero. Afinal, em todos os filmes, novelas, desenhos, séries e livros, não é o amor a cura de todo mal?
Na ficção o amor é a divindade intocada dos sentimentos. É o que nos torna melhores e ideais. E nos desenvolvemos obstinados e obcecados por ele, o tal amor. Que é tão perfeito ao ponto de curar tudo em nossas vidas. Perfeito ao ponto de nos dar tudo que queremos.
Nos contos de fada tem o príncipe encantado que salva a plebeia e lhe tira de toda tristeza, porque eles se amam. Tem o beijo do amor verdadeiro que salva da morte ou transforma sapos em príncipes. Nos livros, novelas, séries e filmes, o amor é a justificativa dos atos mais insanos. Se mata e se morre por ele. Existe o dito popular de que “no amor e na guerra vale tudo”.
E então chegamos ao mundo real. Onde o amor dói. Não importa quão fofo ele pareça para você, ele pode soar de forma psicopata pra quem você ama. Ele pode ser inconveniente quando não correspondido. Ele pode ser incompreendido porque pessoas amam de formas diferentes. Ele pode ser inspirador quando da certo. E deprimente quando não dá.
E o que é “dar certo”? – É o “e viveram felizes para sempre”. Clássico desfecho. Mas tal qual o amor no mundo real machuca, o desfecho também nem sempre é ideal.
É claro que queremos estar para sempre com quem amamos, mas esbarramos no quesito "tempo" e na eterna inconstância dos seres humanos. Nunca somos os mesmos para sempre e isso é ótimo. É porque nos tornamos diferentes que precisamos de coisas novas para suprir as necessidades que surgem pelo caminho e foi assim que tudo se inventou e desenvolveu no mundo.
Mas voltando... Será que você ama demais?
Quem ama demais tem opiniões muito fortes sobre o amor. Ele é muito puro e perfeito. Elas se apaixonam e se arrasam com frequência. Elas sempre acham “a pessoa” e depois descobrem que “a pessoa” era tão comum como às outras. Elas desistem do amor. Até que se apaixonam novamente.
Se você ama demais às vezes você abre mão do seu sono, alimentação e bem estar para pensar no outro ou fazer algo pelo outro. Se você ama demais você toma atitudes que te expõe a perigos e te causam danos terríveis. Inclusive, você aceita coisas que te machucam e às vezes abre mão de sonhos, desejos e planos, por esse tal grande amor.
Geralmente, pessoas que amam demais merecem o céu. Mas daqui para o céu tem um caminho e seria muito melhor se o caminho fosse simplesmente feliz, não acha?
Vamos lá...
É preciso aprender sobre amor de forma saudável. O amor que deve nascer e ser cultivado primeiramente por nós mesmos. Pra quando ele for grande, forte e certo do seu valor, ser distribuído. Sem essa convicção aceitamos "migalhas" em troca de todo o "ouro" que nos habita.
A ficção não nos instrui a encarar a vida com amor próprio. Amor pela pessoa que somos, por nossa alma imortal. Porque no plano da imaginação o “outro”, é agente passivo dos nossos anseios e expectativas. Logo, não precisamos melhorar a nós mesmos se podemos deixar ao encargo do ser perfeito que criamos, o dever de nos tornar melhor.
Mas não funciona assim. Se você deposita em alguém a missão de te tornar perfeito, de tornar a sua vida perfeita, você o sobrecarrega. Há amores que nos adoecem justamente por serem assim. Quando não construímos nossa própria fortaleza, o amor quando parte nos deixa sem teto. E o amor parte!
Não passe pela vida na obsessão do amor perfeito. Porque você pode amar muitas vezes sem perceber. E não viver as coisas lindas que imaginou, porque está esperando a pessoa certa. Aliás, perder pessoas preciosas, porque você tem uma visão limitada do que seria a perfeição.
O amor saudável é aquele que vem fácil, que apoia nossos sonhos e nos coloca no dele. Parte quando deve, sem estragos. E deixa nossa porta aberta, para entrar amor até o ultimo suspiro.
No fim, a moral da historinha do inicio é, não apague seu brilho por um suposto amor! Não brilhe só procurando algo igual a você ou suas expectativas, às vezes é preciso amar “cometas, nebulosas e planetas”. E definitivamente, não apague achando que não amou. Quando na verdade o que você fez foi amar demais.
Há pessoas que amam demais.
Sim, parece absurdo dizer que existem “pessoas que amam demais” como se amor fosse algo que pudesse existir em exagero. Afinal, em todos os filmes, novelas, desenhos, séries e livros, não é o amor a cura de todo mal?
Na ficção o amor é a divindade intocada dos sentimentos. É o que nos torna melhores e ideais. E nos desenvolvemos obstinados e obcecados por ele, o tal amor. Que é tão perfeito ao ponto de curar tudo em nossas vidas. Perfeito ao ponto de nos dar tudo que queremos.
Nos contos de fada tem o príncipe encantado que salva a plebeia e lhe tira de toda tristeza, porque eles se amam. Tem o beijo do amor verdadeiro que salva da morte ou transforma sapos em príncipes. Nos livros, novelas, séries e filmes, o amor é a justificativa dos atos mais insanos. Se mata e se morre por ele. Existe o dito popular de que “no amor e na guerra vale tudo”.
E então chegamos ao mundo real. Onde o amor dói. Não importa quão fofo ele pareça para você, ele pode soar de forma psicopata pra quem você ama. Ele pode ser inconveniente quando não correspondido. Ele pode ser incompreendido porque pessoas amam de formas diferentes. Ele pode ser inspirador quando da certo. E deprimente quando não dá.
E o que é “dar certo”? – É o “e viveram felizes para sempre”. Clássico desfecho. Mas tal qual o amor no mundo real machuca, o desfecho também nem sempre é ideal.
É claro que queremos estar para sempre com quem amamos, mas esbarramos no quesito "tempo" e na eterna inconstância dos seres humanos. Nunca somos os mesmos para sempre e isso é ótimo. É porque nos tornamos diferentes que precisamos de coisas novas para suprir as necessidades que surgem pelo caminho e foi assim que tudo se inventou e desenvolveu no mundo.
Mas voltando... Será que você ama demais?
Quem ama demais tem opiniões muito fortes sobre o amor. Ele é muito puro e perfeito. Elas se apaixonam e se arrasam com frequência. Elas sempre acham “a pessoa” e depois descobrem que “a pessoa” era tão comum como às outras. Elas desistem do amor. Até que se apaixonam novamente.
Se você ama demais às vezes você abre mão do seu sono, alimentação e bem estar para pensar no outro ou fazer algo pelo outro. Se você ama demais você toma atitudes que te expõe a perigos e te causam danos terríveis. Inclusive, você aceita coisas que te machucam e às vezes abre mão de sonhos, desejos e planos, por esse tal grande amor.
Geralmente, pessoas que amam demais merecem o céu. Mas daqui para o céu tem um caminho e seria muito melhor se o caminho fosse simplesmente feliz, não acha?
Vamos lá...
É preciso aprender sobre amor de forma saudável. O amor que deve nascer e ser cultivado primeiramente por nós mesmos. Pra quando ele for grande, forte e certo do seu valor, ser distribuído. Sem essa convicção aceitamos "migalhas" em troca de todo o "ouro" que nos habita.
A ficção não nos instrui a encarar a vida com amor próprio. Amor pela pessoa que somos, por nossa alma imortal. Porque no plano da imaginação o “outro”, é agente passivo dos nossos anseios e expectativas. Logo, não precisamos melhorar a nós mesmos se podemos deixar ao encargo do ser perfeito que criamos, o dever de nos tornar melhor.
Mas não funciona assim. Se você deposita em alguém a missão de te tornar perfeito, de tornar a sua vida perfeita, você o sobrecarrega. Há amores que nos adoecem justamente por serem assim. Quando não construímos nossa própria fortaleza, o amor quando parte nos deixa sem teto. E o amor parte!
Não passe pela vida na obsessão do amor perfeito. Porque você pode amar muitas vezes sem perceber. E não viver as coisas lindas que imaginou, porque está esperando a pessoa certa. Aliás, perder pessoas preciosas, porque você tem uma visão limitada do que seria a perfeição.
O amor saudável é aquele que vem fácil, que apoia nossos sonhos e nos coloca no dele. Parte quando deve, sem estragos. E deixa nossa porta aberta, para entrar amor até o ultimo suspiro.
No fim, a moral da historinha do inicio é, não apague seu brilho por um suposto amor! Não brilhe só procurando algo igual a você ou suas expectativas, às vezes é preciso amar “cometas, nebulosas e planetas”. E definitivamente, não apague achando que não amou. Quando na verdade o que você fez foi amar demais.
Sabe aquela "amizade sumida" que existem memes e indiretas para dizer que não era amizade de verdade?
Já parou pra pensar que talvez VOCÊ seja a pessoa que sumiu? Que o orgulho não te deixa abrir o messenger ou o whatsapp para mandar um "Oi! Ta tudo bem com você?"
Tem vezes que a gente some pra ver quem sente a nossa falta. Tem vezes que a gente some porque ta passando por um período complicado na vida. Tem vezes que a gente ta se matando por um objetivo que consome todo nosso tempo. E tem vezes que a gente simplesmente não se importa.
Mas antes de fazer qualquer julgamento, ao menos tenta se aproximar e ver o que ta acontecendo. Se você perceber que é mesmo falta de esforço ou interesse da pessoa em te manter na vida dela, ai você pode dizer que é um "ótimo amigo" e que a pessoa não soube valorizar a amizade. Caso contrário, você é também só mais uma pessoa que tem o ego maior que a capacidade de amar.
E sinceramente? A vida é de ciclos, as pessoas ficam no nosso caminho o tempo certo. Fico feliz pela "vida que segue" de cada pessoa que eu conheci e sei que jamais negarei uma tarde para um suco ou uma ajuda nos momentos difíceis. não importa quanto tempo passe sem ver/falar com a pessoa. Elas vem e vão e ta tudo bem, porque ninguém é nosso!
Já parou pra pensar que talvez VOCÊ seja a pessoa que sumiu? Que o orgulho não te deixa abrir o messenger ou o whatsapp para mandar um "Oi! Ta tudo bem com você?"
Tem vezes que a gente some pra ver quem sente a nossa falta. Tem vezes que a gente some porque ta passando por um período complicado na vida. Tem vezes que a gente ta se matando por um objetivo que consome todo nosso tempo. E tem vezes que a gente simplesmente não se importa.
Mas antes de fazer qualquer julgamento, ao menos tenta se aproximar e ver o que ta acontecendo. Se você perceber que é mesmo falta de esforço ou interesse da pessoa em te manter na vida dela, ai você pode dizer que é um "ótimo amigo" e que a pessoa não soube valorizar a amizade. Caso contrário, você é também só mais uma pessoa que tem o ego maior que a capacidade de amar.
E sinceramente? A vida é de ciclos, as pessoas ficam no nosso caminho o tempo certo. Fico feliz pela "vida que segue" de cada pessoa que eu conheci e sei que jamais negarei uma tarde para um suco ou uma ajuda nos momentos difíceis. não importa quanto tempo passe sem ver/falar com a pessoa. Elas vem e vão e ta tudo bem, porque ninguém é nosso!
Abra a store do seu celular e procure "app de relacionamento", não são duas ou três opções, mas diversas formas de você jamais morrer de tédio.
Baixe um ou uns. Quanto mais opções, mais "opções".
Escolha suas melhores fotos. Capriche na descrição ou seja uma pessoa misteriosa. Tanto faz. Ostente títulos, seus hobbies, sua faculdade, sua cidade, sua profissão. Resuma-se. Ganhe likes. E troque esses likes por meia dúzia de palavras. Combine de sair. Perca algumas horas fazendo uma social, ganhe outras de sexo. Não importa se durará a noite, se vai ter abraço, conchinha, carinho ou até mesmo café, vocês não seguirão se falando.
Porque vocês podem ser duas pessoas muito legais, muito profundas, ter centenas de coisas em comum ou descobrir em centenas de coisas diferentes novas versões de si mesmos, mas não dá tempo. Você tem outros tantos "contatinhos", fazer esforço pra quê?
Mergulhar em outras pessoas é demorado e pra você só importa o orgasmo. E vai que... Sei lá, surge alguém que sorri mais bonito, fala mais bonito, anda mais bonito, soa mais bonito... Próximo! Segue o baile.
Novo jogo: Quem se importa menos? Quem demora mais para responder? Quem tem a vida mais interessante e importante, ao ponto de tratar o outro como "passatempo"?
Talvez, no fundo, você esteja se revirando de assuntos para puxar, procurando brechas na tua agenda afim de rever aquela pessoa. Mas se ela não te chamar... Você é que não chama. Segue o baile.
E mostrar que se magoou? Jamais! Você leva com seu coração uma espécie de "bronca de mãe e filho": Engole o choro! Tá doendo, mas finge que não, uma hora passa.
Com o tempo, você já nem se esforça tanto. Você aceita o vazio. Você aceita ser descartável. Você também trata os outros como descartáveis. Tanto faz o outro! Tanto faz, você. Logo você que é tão importante no jogo, vai seguir a estratégia de todo mundo e vai achar que 0x0 é estar ganhando.
Tolo é quem ainda acha que sexo é intimidade.
Intimidade é aquela mensagem pra saber se você chegou bem, se o teu dia foi bom e quando a resposta chega sem demora. É conhecer um cheiro, um jeito, umas pintinhas pelo corpo, saber que o que torna tudo prazeroso não é número de transas em si, mas o número de vezes que uma única pessoa foi capaz de te fazer sorrir...
O quê você chama de benefício, na verdade é só ilusão.
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Talvez, no fundo, você esteja se revirando de assuntos para puxar, procurando brechas na tua agenda afim de rever aquela pessoa. Mas se ela não te chamar... Você é que não chama. Segue o baile.
E mostrar que se magoou? Jamais! Você leva com seu coração uma espécie de "bronca de mãe e filho": Engole o choro! Tá doendo, mas finge que não, uma hora passa.
Com o tempo, você já nem se esforça tanto. Você aceita o vazio. Você aceita ser descartável. Você também trata os outros como descartáveis. Tanto faz o outro! Tanto faz, você. Logo você que é tão importante no jogo, vai seguir a estratégia de todo mundo e vai achar que 0x0 é estar ganhando.
Tolo é quem ainda acha que sexo é intimidade.
Intimidade é aquela mensagem pra saber se você chegou bem, se o teu dia foi bom e quando a resposta chega sem demora. É conhecer um cheiro, um jeito, umas pintinhas pelo corpo, saber que o que torna tudo prazeroso não é número de transas em si, mas o número de vezes que uma única pessoa foi capaz de te fazer sorrir...
O quê você chama de benefício, na verdade é só ilusão.
Este é um texto sobre o vício da falta de esforço e a "romantização" da indiferença.
A primeira vez que ouvi essa afirmação achei exagerada. Pretensiosa e ingênua demais, esperar relações e pessoas perfeitas.
Com o tempo, comecei a entender melhor a mensagem por trás dessa frase e hoje eu a carrego comigo como uma filosofia nas minhas relações.
Realmente todo mundo pode e vai errar uma vez ou outra, em tudo, inclusive nos relacionamentos.
Mas uma coisa é pisar no pé, esbarrar e quebrar algo, esquecer uma data, isso são incidentes, são inevitáveis.
Já outra coisa bem diferente é, consciente dos seus atos, sabendo que aquilo machuca, que decepciona a outra pessoa, vai lá e faz mesmo assim, faz porque quer e o querer dá satisfação pessoal, é maior que a consideração que se tem pelo outro.
Entende?
Quem ama, não pede perdão por algo que sabia que magoaria, porque quando a gente realmente gosta de alguém, pensamos em tudo. Fugimos dessas situações de desavença, porque queremos que dure, que avance! E mesmo com medo, do que é incerto, persistimos. Magoar nunca é uma opção.
Sem essa filosofia, se quebra a cara em relacionamentos conturbados, se perde o amor próprio, adoece. Se passa a desacreditar na possibilidade de ser feliz com outro alguém .
Não vale a pena tanto choro, tanta briga, tanto estresse, não é um conto de fadas que um dia ficará perfeito, é um relacionamento que pode arruinar o seu psicológico e as suas chances de ser feliz.
Meu conselho exige treino, mas com o tempo fica mais fácil, apenas "deixe pra lá", tem bilhões de pessoas interessantes pra você conhecer e se apaixonar. O mundo é tão grande e as pessoas tão diferentes... E exceto pai e mãe, de resto todo mundo é substituível.
Então ao perceber descaso, desinteresse, desatenção... Desapega!
Não é fácil, não falo dá boca pra fora, como quem tem coração de gelo. Mas como disse, com treino a gente consegue.
Você é o seu bem mais precioso. Não se dê tão pouco valor e aceite tão pouco em troca! E isso vale pra tudo, trabalho, amigos, família, namoro, casamento...
Nossas relações precisam de reciprocidade, tudo que é desmedido pesa pro lado de alguém e esse peso, pode ser o que te afasta dá felicidade que tanto almeja.
Com o tempo, comecei a entender melhor a mensagem por trás dessa frase e hoje eu a carrego comigo como uma filosofia nas minhas relações.
Realmente todo mundo pode e vai errar uma vez ou outra, em tudo, inclusive nos relacionamentos.
Mas uma coisa é pisar no pé, esbarrar e quebrar algo, esquecer uma data, isso são incidentes, são inevitáveis.
Já outra coisa bem diferente é, consciente dos seus atos, sabendo que aquilo machuca, que decepciona a outra pessoa, vai lá e faz mesmo assim, faz porque quer e o querer dá satisfação pessoal, é maior que a consideração que se tem pelo outro.
Entende?
Quem ama, não pede perdão por algo que sabia que magoaria, porque quando a gente realmente gosta de alguém, pensamos em tudo. Fugimos dessas situações de desavença, porque queremos que dure, que avance! E mesmo com medo, do que é incerto, persistimos. Magoar nunca é uma opção.
Sem essa filosofia, se quebra a cara em relacionamentos conturbados, se perde o amor próprio, adoece. Se passa a desacreditar na possibilidade de ser feliz com outro alguém .
Não vale a pena tanto choro, tanta briga, tanto estresse, não é um conto de fadas que um dia ficará perfeito, é um relacionamento que pode arruinar o seu psicológico e as suas chances de ser feliz.
Meu conselho exige treino, mas com o tempo fica mais fácil, apenas "deixe pra lá", tem bilhões de pessoas interessantes pra você conhecer e se apaixonar. O mundo é tão grande e as pessoas tão diferentes... E exceto pai e mãe, de resto todo mundo é substituível.
Então ao perceber descaso, desinteresse, desatenção... Desapega!
Não é fácil, não falo dá boca pra fora, como quem tem coração de gelo. Mas como disse, com treino a gente consegue.
Você é o seu bem mais precioso. Não se dê tão pouco valor e aceite tão pouco em troca! E isso vale pra tudo, trabalho, amigos, família, namoro, casamento...
Nossas relações precisam de reciprocidade, tudo que é desmedido pesa pro lado de alguém e esse peso, pode ser o que te afasta dá felicidade que tanto almeja.
Sobre Mim
Olá, eu sou Ane Tchavo! Uma paulistana de vinte e tantos anos, residente do mundo! Observadora nata e escritora apaixonada. Aqui você encontra um pouco do meu trabalho e de mim!.
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